Construa-se menos ignorante. Construa-se mais respeitável. Construa-se gente. Seja humano. Seja quem se é. - Walter Junior.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Eu Quero Ser Sedado



Eu preciso dormi mais
Eu preciso ser sedado
Eu preciso amar menos
Pensamentos me matando...
Todas as noites
Frenesi de paranóia
Todas as questões do mundo latejando
Eu estou morrendo de amor
Estou morrendo de loucura
Falando sozinho
Com ódio demais
Violência me consola
A juventude é pra que?
O quarto é quente
Lá fora a chuva fria
Se não é o tédio
São lágrimas por você
E todos os sonhos impossiveis
Estou farta de mim mesmo
Estou farta dessa vida
Vou matar meu chefe
Vou secar essas feridas
Vou me dar um tiro
Pra nunca mais amar
Vou morrer na tu porta
Pra você notar
Que estou doente por você.
Eu vou tomar remédios
E voltar a adormecer.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma Cortesia Para Com o Nobre


Sussurros do vento
Trazem-me o som da decepção
Perder é humano
E não existe imunidade contra isso.
Perdi meu riso
No silêncio que me cerca.
A ausência de resposta
Corta como um mar de gelo
Mil facas na garganta
Um  tapa nas ilusões.
E de ilusões já vivi muitas noites
Com a umidade entre as pernas
E seu rosto na memoria
O seu nome nos ouvidos
E o teu gosto nos meus lábios.
Conceda-me uma ultima cortesia nobre 
E não
Mate o meu amor
Pois ele é tudo o que tenho
Nas noites de insônia
E nas viagens de metro
Só por ama-lo as canções fazem sentido
E a poesia é um alimento.
Eu lamento....
Tanto pra falar
E nada para ouvir
Conceda-me uma ultima cortesia
De sair na frente
Para não vê-lo partir.

Vinte Minutos...


Vinte minutos que não passam
na minha mente onde tudo
se distorce
e as luzes no teto comprimem
os meus olhos
e a bílis na boca me lembra
os teus beijos doces
e azedos
que as vísceras
me queimaram 
e o coração esfarraparam
todas as cores me lembram o amor
e essa historia
é como uma caixa
fechada.
Vinte minutos para o fim
e todas as tuas
lembranças
me trazem frio.

Sem Mais.


Enquanto as luzes vermelhas
piscavam
e as portas batiam
seu reflexo na multidão
me trazia 
lagrimas na lembrança
E uma nova estrela irá brilhar
no céu feita de cinzas
dos astros de rock 
e das cinzas do meu amor
que enterro hoje aqui.
Trezentos e sessenta e cinco dias
e mais três vezes 365
eu aguardei. eu mantive
a canção rolando e o 
coração batendo e a esperança
viva.
Mas hoje eu desertei.
E o silêncio também é uma forma
de dizer 
não.
Não.
Eu digo 
Adeus!
E não tenho medo
pois Londres esta na beira 
do Rio,
E agora sei nadar.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Silêncio


Um minuto
apenas 
o silêncio 
a noite
sem toques
apenas um rebombar distante
somente as estrelas
brilhando como diamantes
e uma unica palavra
o seu nome
uma cançao escondida
por baixo do turbante
a garota tem cabelos verdes
e todos os sonhos do mundo
e um coração aflito
e sentimentos grandes demais
e todas as bandas de punk rock
parecem lentas
parecem calmas
parecem poucas
para silenciar os meus pensamentos.
Um momento
um soluço
e tudo o que houver demais
sao frutos da imaginação
frutos da ilusão
e não há ninguem aqui
nao posso ouvir esta cançao
o radio esta desligado
so o teu nome no meu coração.
e ja fui mais racional
e ja fui mais empedernida
mas as manhãs eram mais claras
e as noites mais alegres
e agora até a chuva permance
na promessa
de que algo vai acontecer...
mais permanece
silencio
onde
esta
você

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Rua Angústia



Sob os dedos quentes do chuveiro
o sal das lágrimas me afogaram
e quando descobri que três e três são três
isso realmente me abalou
e senti um desespero de contar-lhe tudo que não disse
e todos os beijos que guardei
e todo o amor que eu sinto
desesperadamente
por você.
Nunca houve um rumo para nós
seguindo apenas os caminhos que a vida
estendeu aos meus pés
cai nos teus braços, no seu tapete e nas estrelas do seu teto
Mas agora sinto frio
e tudo são névoas e dúvidas e medos
e um mar de incertezas que naufraga os meus navios
O tempo não para.
A adolescência esta passada
e seus olhos são mais difíceis que os meus
volte para mim, oh tempo cruel, e traga
toda as lagrimas dos meus olhos
de volta para dentro e leve todas as aflições 
de volta para o lixo
e me deixe nua outra vez
só com o samba da paixão 
que tocou no seu coração
numa tarde de domingo.
Não me deixe em silêncio
que a morte vira um berço
no qual quero me deitar.
Tenho feridas abertas no peito
E todas as pimentas
 são feitas 
com corações angustiados.







segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Gotejar


E as vezes
quando abro a torneira 
posso ouvir o som 
de lagrimas pelo encanamento
e as vezes quando lavo o rosto 
posso ver lagrimas
 no espelho
e as vezes penso na existência
e me sinto eterna
como se nada tivesse fim
e penso que tudo se acabará amanha
como um efeito colateral
por pulsar demais
e amar demais
e achar que o cheiro de café trás lembranças boas.
E ontem me senti meio grávida
mas descobri que era apenas a fome
latejando, chutando 
o meu coração 
e as coisas estranhas que trago nele.
ontem me senti um tanto grande
 demais
e só me lembrei
do quão pequena 
era 
quando você me deu adeus.
Sempre olho para o céu anoite
faço um prece pra ingratidão me abandonar,
Você é como uma estrela cadente....

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Úlcera Complexa.


E assim foi me cavando a ulcera
com unhas tão ferozes
que meus seios arrancaram.
E a natureza tão modesta
se tornou complexa
na confusão 
dos meus amores.
E cada gota
de suor
na minha cara
são das palavras 
que escrevi pra ti.
Agora falo, de coração honesto
dos medos que tinha
por ter você aqui.
Me deito agora, libertado
de sonhos, escravo não sou mais
e de tanto que sofri
morro agora em paz.
E nos meus seios guardarei
os teus segredos
teus infantis soluços.
Que a cidade durma e acorde
sem desconfiar de nós.
Porque eu mesma
desconfio
dos teus carinhos
e teus sussurros
e das letras menores 
na bula de remédios
e de todos os amores
que tive para combater
o tédio!
Devo combater agora
essa ulcera
que me pulsa
entre os olhos, dor
cega e amarga.
Dói
como braços de lavadeiras.
Dói
como um motel sem vaga.

Fome


Ouça o rosnar do grande monstro dentro de ti
A fera habita teu peito
e sente fome
do mundo
A grande essência humana
uma besta
que conseme prazer e violencia.
A imagem nao saiu a semelhança.
Ou talvez
eu pense Deus do modo errado
ou talvez 
nao.
O cordeiro de Cristo.
Pele
sangue e carne
quente
como eu 
e você.
E sinto fome louca
dos teus lábios
dos teu braços
e do perfume dos teus cabelos...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Pensionato.

Mudei uma vez, mudei outra vez Sai do lugar Estive bêbado andei solitário fiquei longe fui enganado mas não sou mais. Agora sou sabedor das coisas do mundo dos passos de dança dos ritmos de musica e do amor vagabundo. E de vagabundas estive cheio, na cama no armário no banheiro... e os rastros 
que ela deixou 
ainda são visíveis nas marcas nos lençóis nos hematomas na minha cara E não fui capaz de conquistar nada alem de ilusões, cigarros e a sorte das cartas... cartas marcadas... ditam meu destino enquanto meu grande amor, distante já vai indo, ao encontro de outras três... Mudarei outra vez o pé de acordar a hora de dormir o caminho de chegar e o jeito de sumir.

Delirio


E como eu contemplava teus cabelos claros
De cor já quase despidos
Pensava em todos os sinais
Previsões e signos
Que falavam de amor imoral
De um sonho ideal
De um caso proibido
com olhos coloridos
olhando girassóis...
Diga meu nome,
Antes que eu me esqueça
Dos pudores essenciais
que regem nossa conversa
e nos impedem de amar
tao profundamente
 que se possa afogar, no calor dos teus braços
todos os desejos primitivos
todos os dentes, unhas, cabelos e gemidos
que guardei para os teus ouvidos
e para a tua imaginação...
que é feita de cores escuras
e fumaças soturnas e
drogas perigosas...
veneno de rosas
presas de leão
pele de lobo banhada a ouro
e eu serei o teu tesouro
num casaco de peles
ou numa armadura.
O ápice da sua loucura !
será tocar meu corpo e esquecer-se
de quem é
o que tem e
 pra que veio.
Vejo o seu anseio
Para falar sem segredos
E ter entre os dedos
O fio da navalha e
O meu beijo em sua boca.



quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Nico

 
 
Agente sabe que não vai durar
mas se você acabar encostado numa parede
com a cabeça entre os joelhos
e eu vertiginosa na cama
agente sabe que algo deu certo
e valeu
e terminaremos semana que vem
o que hoje
só ficou na promessa
e na ressaca
do que poderia ter sido
bom a beça
se tivesse acontecido...
Mas não foi,
preso no atraso
no amaço
do seu coração
e de ruas sem rumo
canções sem melodias
vidas inuteis
programadas para se encrencar
e encher a roupa de sangue
de brigas tolas e confusas
e adrenalina na cabeça
o ponto de fusão,
de razão...
percebo-me vivo!
percebo-me isto!
e nada mais me serve
nem o teu amor
nem o teu perdao
nem a tua caridade.
Somente a idade
que acumulo sobre os ombros
como um galho velho
que com o vento vai se inclinando
trintas anos feitos de papel
coração amassado
alma rasurada
chão sem fim que me afunda...
cigarro que me traga
tristeza que me embala
em canções que não ouvi.
Explicai-me óh Deus
minha doença cronica
minha chaga que não tem cura
minha solidão profunda
e as paginas do meu livro.
trinta anos de nada
sem perspectivas de futuro
brigas tolas sem motivo
pelo simples prazer da adrenalina
e o sangue quente na cara
a vida pulsando pura e
só poesia me alivia
nem mesmo o amor da carne
o calor do seio
a dança das pernas
Sem filhos e sem janelas
todo eu me consumo
em cancer maligno
que rasga pagina por pagina.
Não que alguma palavra fizesse sentido
sou um livro puido
na estante da vida
esperando que a areia da praia me leve
 
Pra longe....