Construa-se menos ignorante. Construa-se mais respeitável. Construa-se gente. Seja humano. Seja quem se é. - Walter Junior.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Essência que Fede !



Ei Jhonny, esta vendo aquela gente?
Hoje não iremos tirar uma com a cara delas.
Me passe um cigarro cara,
Tente ver a essência de tudo isto.
Um grande mercado de peixes.
Os peixes mais velhos fedem,
Sem mais nada a fazer,
esperando a morte chegar.
Os peixes novos fedem,
A cada dia se afundando mais na lama.
Rolando na cama pensando
No dia seguinte, no que usar.
Usar um ao outro como um objeto
Porque ninguém vale nada.
Peixes palhaços com sorrisos no rosto,
sem saber que vâo ser ferrados no jantar.
Minha mãe já dizia: gente estúpida.
E só agora entendo o porque.
NADA é a essência de tudo isto.
Somente peixes que fedem no fundo da poça,
não do mar.
Ei Jhonny, eu já pensei em me matar.
Não por minha sorte ou minha situação.
Mas esse lugar que vivo é só lixo, gente sem noção.
Degradante pros olhos, pros ouvidos, para a mente e o espirito.
Estou repensando a faculdade, o trabalho e meu amor.
São apenas OUTRAS pessoas podres
Em OUTRO lugar.
A essência é a mesma Jhonny, NADA.
Acho que vou fazer minhas malas, cara.
E quando Janeiro chegar, irei me mandar.
Procurar algum motivo pra viver.
Algum valor pra respirar.

Anarquistas, Graças a Deus!



Viva a Liberdade
Nas formas de pensar.
Viva a nossa filosofia pobre
Nossa maneira de revolucionar.
Somos a sociedade utopista,
O sonho de liberdade,
O dia depois de amanhã.
Somos escravos fugitivos
Rebeldes com causa declarada
Um batalhão resistindo ao golpe da futilidade
Ao ataque do inimigo, que quer dominar o mundo
Com sua superficialidade.
Somos andróides libertados.
Não podem mais me dizer quem eu sou,
Como penso e como devo ser.
Me roubei para mim.
Minha canção emancipada
Vai aos quatro ventos,
As terras do oeste,
ao povo proletariado.
Somos tachados de loucos, vagabundos
Mas não usamos drogas para pensar.
Você é tão velho como a última idéia que teve.
Somos Anarquistas,
GRAÇAS A DEUS!




Caroline Mello & Victor Santos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Grande Família



A minha familia era meio pertubada.
Nos finais de semana quando estavam todos reunidos, tinha que ver, que zona!
Criança correndo pra todo lado, brinquedos espalhados na escada, gente tropeçando, rindo alto, xingando, gritando, cada um berrando mais que o outro pra se fazer ouvir.
Em um comodo da casa zoava o forróbodó. No quarto da solteirona cantava alto o louvor. Na sala Galvão narrando o jogo aos berros e no portão o carro dos jovens ligado no rock n' roll que tremia as janelas.
Que zona. Que bagunça!
Na hora do almoço, Deus, que alvoroço!
Era milagre ter tanta comida para tanta gente, sem contar a visita que ninguém sabia d'onde aparecia.
Era aquele fuá todo santo dia até a hora de dormir e na manhã seguinte recomeçava como se nunca tivesse parado. Os vizinhos reclamavam, e como reclamavam, mas também adoravam, não perdiam uma churrascada naquela casa barulhenta.
Eramos clássicos, já havia acontecido de tudo naquela casa: já se pegou rapaz na cama com moça sabe-se lá de onde veio. Já se jogou malas na rua expulsando os preguiçosos, já se bateu boca no portão na frente na vizinhança toda, ja se chamou policia pra casal que se estapeou, ja veio ambulância pra criança fraturada, já se brigou com vizinho por "n's" motivos, eita láia, é tanta coisa que nem dá pra lembrar.
E agora, sentada aqui na frente do pc, sem ninguém falando alto ao lado, sem criança querendo tc, sem barulho algum, nesse silêncio esmagador, nossa, que saudade! Que dor!
Sim, dor. Porque agora que todos estão longe, em outra casa, em outro estado, em outro lugar, as lembranças daqueles dias, daquele cortiço, quase podem em cortar. Sinto lágrimas derramando e o almoço solitário, calmo, silencioso, é quase gelado, mesmo com a fumaça do fogão subindo nos meus olhos.
Quando falo aos meus amigos que terei cinco filhos - garotos trigemeos: Benjamin, como se chamava meu bisavo e queria minha mãe. Eduardo, pra chamar de Edu e João Lucas, como se chamava meu amigo, mas é mesmo porque o nome é mais bonito. E meninas gemeas: Clarice, como um dia alguém falou e Maria Silvia porque me lembra alguém legal.- quando digo isto a eles, me chamam de biruta, mas não podem entender o desejo que sinto de ver aquela familia grande reunida mais uma vez, com uma mãe, que um dia será eu, gritando no fogão, com toda essa criançada fazendo bagunça no quintal e um pai desligado, que um dia será meu marido, indiferente a tudo isto, ligado apenas no futebol. E chamarei meus amigos, meus pais e meus avós, para que toda aquela confusão aconteça mais uma vez e possa encher meu coração.

Michelle


Vê malicia em cada esquina.
Tira o prazer da bolsa,
Oferece a um por um.
Vê na vida brincadeira
Cada palavra é sacanagem
Cada pensamento é uma besteira.
Michelle, esta parada em sua esquina
Aguardando um carro caro
Vai mascando seu chiclete.
Sexo, drogas e baixarias
Vai pra casa ligar pras amigas.
O seu cabelo loiro é falsificado
Seu batom vermelho esta manchado
Mas Michelle esta na vida
Esta na boa, esta na ativa.
Michelle é puta pobre
Não quis saber de estudar
Trocou os livros por mini-saia
Foi pra rua se entregar.
Michelle, Michelle, Michelle
Minha garota favoria.



Caroline Mello & Victor Santos.
16-11-2010.
Compondo rock n' roll na escola, ao invés de estudar. xD

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Corte "Joãozinho".


Achei o máximo. Vou aderir a moda daqui a duas semanas.
Mal me aguento de expectativa!

Atitude Punk #



Sem palavras. Babo Nelees!

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Fomos unidos por uma força maior, a força do nosso amor e sei que a força do nosso orgulho não irá, realmente, nos separar. Fomos fortes o bastante contra os outros para sermos derrotados por nós mesmos.

Caroline Mello.

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"Agora, por que é que nenhum desses caprichosos me fez esquecer o primeiro amado de meu coração? "

Dom Casmurro. pg. 185.

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Ted está sentado na calçada, mirando o chão
Sui mira seus olhos no espelho, com uma faca na mão.
Ted esta vazio como uma caixa de papelão
Sui sente desespero, no fundo do coração.
Ted rabisca a calçada, tentando ocupar sua mente
Sui se corta, levemente, tenta se decidir...
Ted está sufocado, não tem aonde ir.
Sui sente o horror de sua vida decadente
Ted bufa de horror à sua mente doente.
Passa mais uma hora, mais um minuto
E a vida sem rumo vai se arrastando,
Como uma mendinga com fome e com frio
Arrastam-se as horas, o coração vazio.
Mente vazia, oficina do diabo
Vida sem rumo, pende pro lado errado.
Sui encara seus olhos cansados no espelho
As marcas e as mentiras, já lhe causam cansaço.
Ted observa os carros que passam
No circo da vida, se sente um palhaço.
Um pouco para todos e nada para si.
Sorrisos, amor, felicidade, vamos fingir.
Sui esta decidida.
Ted esta vazio.
A faca está no chão, do sangue, só um fio.
Brilham forte as luzes da estrada,
Brilha forte, o sangue na calçada.
Sui esta morta.
Ted também partiu.
Do Tédio ao Suicidio, há apenas um fio.

Mary Jane em preto e branco


Mary Jane, de olhos pintados
Na beira da calçada, uma garrafa de uisque na mão...
Tudo parece uma droga
Sem expectativas e sem futuro
Movida apenas por seu prazer.
O prazer de tentar...
Se entrega a qualquer um
Seu corpo é só mais um objeto,
Qualquer coisa por mais um "teco".
Mary Jane esta fraca
Se arrasta pelas ruas
Com seu salto velho aos pedaços
Suas pernas estão feridas
E a pequena Mary Jane ....
Esta perdida.
Saudades de uma cama
O colo da mãe e um beijo do pai
Mas isto é mero sonho, utopia
Sua vida jamais foi tão bela assim.
Eram brigas e mais brigas todo dia,
Seu pai a "visitava" à hora de dormir
Era tão horrivel e ele fedia
A pequena Mary Jane quis fugir dali.
A doce mary Jane já sofreu demais
A solução era a rua.
Estranhos ou seu pai
Tanto faz,
Era ruim demais.
Pobre mary jane, esta tão fraca
anda pelas esquinas
Atrás de mais dinheiro
Essa vida pobre ou aquela vida falsa
Ela prefere o que é verdadeiro.
Sem bonecas e sem casinhas
Se vende a qualquer um por mais uma pedra
Mas não terá que fingir novamente
Ser boa menininha.
Não terá que dizer mais uma vez
"Papai, amo você"
Era tão cruel, ruim demais.
A pequena e doce mary jane
com seus cachos negros.
Se mata no banheiro,
Mas na sua viagem, ela esta feliz
Porque ela sabe que isto é real.
Mary Jane, de olhos pintados, não sabe aonde vai parar.

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Hoje inicio uma nova fase. Mais positiva, menos brusca, menos revoltada. Com mais beleza, abrangendo mais coisas. Não estou me tornando outra pessoa, apenas estou colocando mais cor nesse preto e branco. As mesmas idéias, no mesmo lugar só que com um complemento a mais. Sem deixar de ser rebelde, sem deixar de ser revolucionária, sem deixar de sonhar! JAMAIS.

Apartir de hoje o blog terá mais conteudo, um conteudo mais diversificado.
Mais poesia, mais pensamento, mais cores, imagens, sons e tudo o que vier na telha.

Mas só pra não perder o habito, vamos com uma poesia sombria ai. xD

sábado, 6 de novembro de 2010

Depoimento de um Sonho Imbativel.




Um dia, saindo de casa, topei com um menino de rua,
ofereci uma moeda, mas ele recusou, me dizendo:
"- Pra que isto? Você acha que vai melhorar alguma coisa com essa moeda? Você acha que pode mudar o mundo? Mas não pode".
Durante todo aquele dia um sentimento de impotencia me perseguiu,
aonde quer que eu olhasse, eu via problemas, injustiças, desigualdades, miséria, desespero e tantas outras coisas podres que, juro para vocês, pensei em me atirar na frente de um carro.
Só assim fugiria de tudo aquilo.
Mas a voz do garotinho voltou á minha cabeça
"Você acha que pode mudar o mundo? Mas não pode".
Não pode. Não pode. Não pode....
Quem me disse que eu não posso?

Essa moral não existe, esta regra não foi criada.
O mundo é uma merda, mas é a maneira como você o encara que medirá a qualidade dele. Pisando nessa lama toda, eu vi muitos olhos brilharem
Eu vi revolução naqueles olhos jovens,
Naqueles olhos velhos, e ainda mais, naqueles olhos pobres
Pobres de marré deci, pobres de educação, pobres de cultura
Mas não pobres de espirito, de esperança.
E SIM, EU POSSO MUDAR O MUNDO.
Meu sonho vasto e indomavel permanece vivo

Ainda vejo em olhos jovens um futuro sem igual
Ainda acredito naquelas vozes caladas, naquelas bocas trancadas,

Naquelas almas reprimidas em paredes, naquelas crianças viciadas.

Ainda possuo esperanças demais para desistir assim.

O meu espirito ainda é indomavel e desbravador
Como força que não consigo descrever.
Ainda possuo esperanças para lutar,

Para morrer se for preciso

Para me atirar na frente de uma bala

E salvar um filho da puta

Que um dia me disse que eu era incapaz de revolucionar.

A revolução parte de você.

Do quanto você ainda sonha.

Do quanto você quer realizar.

E revolução está em cada palavra que você diz

Em cada sorriso que você da

Em cada pessoa que você não ignora, não exclui, não maltrata.

A revolução, o mundo melhor, o mundo maior

Esta no tamanho da sua alma e no poder de humanidade que existe dentro dela.




caroline mello.