Construa-se menos ignorante. Construa-se mais respeitável. Construa-se gente. Seja humano. Seja quem se é. - Walter Junior.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Chique é ser Inteligente!



“A mulher inteligente não é escrava dos caprichos dos costureiros, dos cabelereiros ou dos fabricantes de cosméticos. Antes de adotar a última palavra da moda, ela estuda o efeito da mesma sobre o seu tipo. A mulher inteligente sabe que mais importante que parecer “chique”é parecer bonita. Não quero dizer que ela ande fora de moda, use roupa e penteados antiquados. Mas o que ela usa é o que lhe fica bem, ajuda a sua figura, realça a cor e o brilho de seus olhos e cabelos, a cor da sua pele, remoça-a e torna-a ainda mais interessante para os olhos masculinos.”

Clarice Lispector

Os cabelos de fogo da Menina Ruiva


Eu perdi um minuto da minha vida
Olhando pros cabelos dela
E não pude me arrepender.
Tornados de fogo no rubro dos seus cachos.
Uma mão doce vai pelos seus ombros
Pelo perfume, pelo rosa de sua pele.
Eles estão trançados.
Eles estão dançando
Num emaranhado de chamas e rubis.
Vejo um ponto de ouro reluzir
E a menina ruiva esta distante
Esta amando. Esta amada.
Eu vejo a menina ruiva reluzir
Até lhe daria uma rosa
Mas a rosa se perderia
E se envergonharia
No tornado de espirais vermelhas, que
são os cachos da menina ruiva.
Perdi um minuto da minha vida
Olhando pros cabelos dela
E nem pude lhe agradecer.












Agradecendo agora: Obrigada Yuly.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Menino dos olhos de Ouro.



Um garoto com olhos de ouro
Quando  o sol bate é como se 
Refletissem a aguá.
Gosto de observa-lo com seus olhos dourados.
Gosto da sua risada, como se fosse um trovão.
Gosto de olhar a garota pequena
Amargurada, com seu batom vermelho.
É bom exercitar a cabeça
Pensando se ele ainda esta aqui
Ou se já se foi.
Quantas vezes cometi o erro de
Ter medo.
E minhas mãos suaram frias
Como num inverno da Noruega.
Não lhe falei. Não lhe olhei. Não lhe beijei.
Mas o medo devia ser
Apenas
Uma placa de "perigo"
Na estrada
E não um companheiro
De viagem.
Eu juro que vou deixar isso tudo para trás.
Vou buscar no Pacifico os pedaços do meu coração azul.
Seguirei a estrada que Deus apontou o dedo
E juro que nunca mais irei te amar.
Não tanto como amo hoje,
pelo menos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Branco.


Branco.
As paredes estão pintadas.
Não há retratos.
Não há lembranças.
É como estar largado no sofá
Observando linhas tortas no teto
E descobrir que não são linhas
São as suas histórias
Que não eram pra recordar.
E tudo está lá
Simples e terrível
Como uma prova de fim de ano.
E seus olhos estão cansados
Há um peso no seu coração
ferido e encharcado
E o pobre pássaro em seu peito
Morreu entoxicado com a fumaça
De beijos ardentes que ficaram
Só na mente e se tornaram
Amargos cigarros.
E você está sentindo
Esse calor de verão
Infernal
E não sabe como  uma
palavra tão bonita
pode significar algo tão feio
Tão cruel de se acreditar:
Amor.
Você se quer sabia o que era o amor
Até que um garotinho partiu seu coração.
E então você sentiu dor e chorou
O homem veio do animal.
Mesmo que ainda fuce as latas
Procure nos restos
Das meninas fracas,
Das iguarias fáceis
Das meninas doces
O pedaço que o cão levou de ti
Jamais o encontrará.
Não mate o pássaro azul
Se nada houver amanhã
Pelo menos não haverá arrependimentos.
Estava cansada de vê-lo todo dia
Esperava por um milagre
Até que enxerguei os teus olhos doces
E percebi que o milagre estava ali o tempo todo.

Olhe teu rosto.
E tente enxergar a si.

Um poeta.
Um amante.
Uma chama
Que trouxe a luz de muitos versos
Neste coração que aqui escreve
E aqui descreve na ponta dos pés.
Eu quero entrar em teu peito
E ser a tua alegria
A tua fantasia
O teu trago de chocolate.
Eu quero que você me mate
Com essa escuridão quente
Que são teus olhos
Que são teus lábios
Que são teus versos.
Quando eu voltar para você quero
Correr mais rápido
Que um grito
E mais que um amante
E mais que um amigo
Você será o melhor dos dois.
Até de nós dois.

E eu ainda te dou poesia. Ainda. Ainda. Ainda.




Agradecendo aos Senhores Silverio B.  e  London por me deixarem fazer uso de seus melhores versos. Muito grata.

sábado, 19 de novembro de 2011

Um poema para o engraxate - Charles B.



Charles Bukowski

Um Poema Para O Engraxate 


O equilíbrio é preservado pelas lesmas que escalam os
rochedos de Santa Monica;
a sorte está em descer a Western Avenue
enquanto as garotas numa casa de
massagem gritam para você "Alô, Doçura!"
o milagre é ter 5 mulheres apaixonadas
por você aos 55 anos,
e o melhor de tudo isso é que você só é capaz
de amar uma delas.
a benção é ter uma filha mais delicada
do que você, cuja a risada e mais leve
que a sua.
a paz vem de dirigir um
Fusca 67 azul pelas ruas como um
adoslescente, o rádio sintonizado em O Seu Apresentador
Preferido, sentindo o sol, sentindo o sólido roncar
do motor retificado
enquanto vocêr costura o tráfego.
a graça está na capacidade de gostar de rock,
música clássica, jazz..
tudo que contenha a energia original do
gozo.

e a probabilidade que retorna
é a tristeza profunda
debaixo de você estendida sobre você
entre as paredes de guilhotina
furioso com o som do telefone
ou com os passos de alguém que passa;
mas a outra probabilidade-
a cadência animada que sempre segue-
faz com que a garota do caixa do
supermercado se pareça com a
Marilyn
com a Jackie antes que levassem seu amante de Harvard
com a garota do ensino médio que sempre
seguíamos até em casa.

lá está a criatura que nos ajuda a acreditar
em alguma coisa além da morte:
alguém num carro que se aproxima
numa rua estreita,
e ele ou ela se afasta para que possamos
passar, ou se trate do velho lutador Beau Jack
engraxando sapatos
após ter queimado todo seu dinheiro
em festas
mulheres
parasitas
bufando, respirando junto ao couro,
dando um trato com a flanela
os olhos erguidos para dizer:
"mas que diabos, por um momento
tive tudo. isso compensa todo o
resto."

ás vezes sou amargo
mas no geral o sabor tem sido
doce. é apenas que tenho
medo de dizê-lo. é como
quando sua nulher diz,
"fala que me ama", e
você não consegue.
se você me vir sorridente
em meu Fusca azul
apoveitando o sinal amarelo
dirigindo firme em direção ao sol
estarei mergulhado nos
braços de uma
vida insana
pensando em trapezistas de circo
em anões com enormes charutos
num inverno na Rússia no início dos anos 40
em Chopin com seu saco de terra polaca
numa velha garçonete que me traz uma xícara
extra de café com um sorriso
nos lábios.

o melhor de você
me agrada mais do que pode imaginar
os outros não importam
excetuado o fato de que eles têm dedos e cabeças
e alguns deles olhos
e a maioria deles pernas
e todos eles
sonhos e pesadelos
e uma estrada a seguir.

a justiça está em toda parte e não descansa
e as metralhadoras e os coldres e
as cercas vão lhe dar prova
disso.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Wish You Were Here - Pink Floyd






Queria Que Você Estivesse Aqui

Então,
Então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?

Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Um papel de coadjuvante na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria, como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre este mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui

Hurt - Johnny Cash


Dor

Machuquei a mim mesmo hoje
Pra ver se eu ainda sinto
Eu focalizo a dor
É a única coisa real

A agulha abre um buraco
A velha picada familiar
Tento matá-la de todos os jeitos
Mas eu me lembro de tudo

O que eu me tornei?
Meu mais doce amigo
Todos que eu conheço vão embora
No final

E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira

Eu vou deixar você pra baixo
Eu vou fazer você sofrer

Eu uso essa coroa de espinhos
Sentando no meu trono de mentiras
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não posso consertar

Debaixo das manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Voce é outro alguém
Eu ainda estou bem aqui

O que eu me tornei?
Meu mais doce amigo
Todos que eu conheço vão embora
No final

E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira

Eu vou deixar você pra baixo
Eu vou fazer você sofrer

Se eu pudesse começar de novo
A milhões de milhas daqui
Eu me manteria
Eu acharia um caminho

Traga-me o Horizonte!


Queria dominar o mundo
Mas não estudei química o bastante
Talvez eu fique a ver navios
Talvez eu faça navios
Pode ser esse ano a aurora verde
Ou pode ser que fique para o ano que vem.
Um impasse.
Decisões.
Decisões.
Decisões.
Mas Maria Esperança é a ultima que morre
A menos que você a mate.
Me lembro ter-lhe passado uma faca no pescoço
Mas não sei se foi fatal.
São as nossas escolhas.
Sempre foram as nossas escolhas.
O que foi que escolhi?
Talvez eu só exista num mundo paralelo
Tangencial a este.
Talvez eu seja o ferro.
O fogo e o luar.
Partirei.
Buscarei no Oeste as respostas 
Para cada questão do universo
Do surreal que existir dentro de mim.
Esse pedaço de terra desprezado por Deus
Talvez só precise de confiança
De cabelos compridos
E uma jaqueta de couro.
Talvez eu volte.
Vai ver já sei quem sou.
Vai ver sou um solitário guardião
Filha de Reis
Que reluta em tomar o trono para si.
Vai ver esta tudo aqui.
E eu só precise de uma escolha.
Sim são nossas escolhas,
Sempre são nossas escolhas
Que dizem o que realmente somos.
Vai ver eu fique na praia
E veja meu primeiro navio zarpar
E sinta orgulho
De olhar no espelho e ver alguém bela
E sentir o vento e os salpicos do mar.
E Agora....
Tragam-me o horizonte!


sábado, 12 de novembro de 2011

Um Poema de Amor





Charles Bukowski

Todas as mulheres

todos os beijos delas as

formas variadas como amam e

falam e carecem



suas orelhas elas todas têm

orelhas e

gargantas e vestidos

e sapatos e

automóveis e ex-

maridos.



principalmente

as mulheres são muito

quentes elas me lembram a

torrada amanteigada com a manteiga

derretida

nela.



há uma aparência

no olho: elas foram

tomadas, foram

enganadas. não sei mesmo o que

fazer por

elas.



sou

um bom cozinheiro, um bom

ouvinte

mas nunca aprendi a

dançar – eu estava ocupado

com coisas maiores.



mas gostei das camas variadas

lá delas

fumar um cigarro

olhando pro teto. não fui nocivo nem

desonesto. só

um aprendiz.



sei que todas têm pés e cruzam

descalças pelo assoalho

enquanto observo suas tímidas bundas na

penumbra. sei que gostam de mim algumas até

me amam

mas eu amo só umas

poucas.



algumas me dão laranjas e pílulas de vitaminas;

outras falam mansamente da

infância e pais e

paisagens; algumas são quase

malucas mas nenhuma delas é

desprovida de sentido; algumas amam

bem, outra nem

tanto; as melhores no sexo nem sempre

são as melhores em

outras coisas; todas têm limites como eu tenho

limites e nos aprendemos

rapidamente.



todas as mulheres todas as

mulheres todos os

quartos de dormir

os tapetes as

fotos as

cortinas, tudo mais ou menos

como uma igreja só

raramente se ouve

uma risada.



essas orelhas esses

braços esses

cotovelos esses olhos

olhando, o afeto e a

carência me

sustentaram, me

sustentaram.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cansada de Pensar


Há sempre uma voz aqui
Falando de tudo
Até na inconsciência
Nunca se cala
Nunca se revela
É o anjo e o diabo.
Com as idéias mais sagazes
E os sonetos mais bonitos.
Voz que contradiz tudo o que penso
E me fala de você
E fala aos meus sonhos
Aos meus sentimentos.
Sempre fala
Nunca fica muda
Fala tanto que me cansa
Que me enche
Que me dói a cabeça.
As vezes queria que minha mente
Cala-se a boca.
Estava cansada de tanto pensar.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ressalvas


Eu até venderia minha alma
Se houvesse um comprador.
E até te daria meu coração
Se ele não tivesse sido destroçado por mãos
Pelas mãos de Deus.
Mas eu sei, sim eu sei
Que não vai mudar os dias da estação
Se teus olhos, só por uma vez
Me olhassem como uma primavera.
Você, a forte fera, que caminha pelos corredores
Como brasa, indiferente a mim
Mas queimando, como se matasse um dragão.
Juramentos, pensei ter ouvido
Mãos estendidas e olhares cheios de devoção.
São só enganos, acho que não acordei
Talvez aja ressalvas
Mas o tempo não volta mais, ainda.

De amor e sombras





Os medos e dúvidas imperam em mim
Pergunto-me sufocada num soluço
Até por quanto mais vamos viver assim.
A base de sussurros e poemas escondidos
De amores indefinidos que nem o tempo consegue explicar...

Lembranças dançam a luz de velas
Retomam tempos antigos
Quando um amor era infinito e tudo era belo...
Que Deus nos proteja do inverno
Da distância e do fim...
Que feridas não venha à tona e não ardam no meio do nada
Lembrando deste amor que um dia veio
Que se foi por um receio 
E que agora mendinga por ai.
Perdido.....Só.....
Amor abandonado... 
Cultivado do modo errado.....
Chutado de escanteio
Por medos e devaneios
Que não sei porque, não tentam resgata-lo.

Que os espiritos da saudade 
Tenham de nós piedade
Nesta guerra que vai começar...
Vejo a dor e o arrependimento
Saindo pra nos caçar
Nos matar pouco a pouco
No inverno que vai perdurar.

Sonhos indescentes dançam por entre agente
Nas noites finais de verão
Onde por fim bate nosso coração.
Sonhos cruéis, cheios de paixão
Com lembranças de beijos
De afagos e desejos
Ardendo mais com a solidão.

Grito pra realidade, 
Machucada de saudade
Infeliz verdade
Tudo esta no chão....
Junto os cacos perdida no vazio de mim
Perguntando-me onde está você por ai
O ciume cavando minha ferida
O transtorno preparando-se para nossa briga
Que sabes, ja está vencida.

O vento rugi mais forte
Falando teu nome em meu ouvido,
Perguntando-me se esse amor é correspondido
Por você em algum lugar.
Chama-me de fraca, vê minhas lagrimas rolar
Diz pra mim me recolher, voltar para meus trapos
Trará algo pra eu beber.
Mas jamais será o nécta que perdi
O doce sabor da felicidade
Que eu encontrava em teus lábios com vontade,
Agora minha fonte secou...

Ainda pergunto-me, como criança amedrontada
Se esse amor chegou ao fim?
Será que corre por ai em busca de um novo mar ?
Amor cruel e infinito
Que dos meus dias fez mais bonito
As palavras que pra mim falou
Quando dizes que me amou
Verdade ou não
Encheram-me de emoção
Sinto inveja de mim mesma
Quando olho as fotos da estante
Pergunto-me onde estão aqueles olhos marcantes
Que só quando estive apaixonada pude ver.

Hoje quando olho-me no espelho não posso me reconhecer.
Um dia eu amei, hoje estou desabando.

Acredito então nos meus sonhos mais felizes
Nas palavras inexistentes que falo para mim
Esperando que um dia
Estaremos juntos novamente
Então deste amor não estarei mais doente
É cruel viver assim...





                                                                                                                                        14/12/2009

Valsa na Areia



Nas palavras pintadas na chuva
Faço poemas de uma letra só
Cantando valsas esquecidas
Sou poetisa de amor, só.
Buscando na areia pegadas esquecidas,
Sinto o fogo que o corpo incendeia
Desfrutando o amargo de doces bebidas
Morro no mar e renasço na areia.
Toca a gaita do músico solitário
Pela calçada caminham namorados,
As luzes piscam iluminando a cidade
Admiram a lua, os bobos e encantados.
As ondas do mar molham um pé gelado
Com beijos salgados de doce carinho,
Levanta o poeta, homem apaixonado
E tocando sua gaita, segue seu caminho.









                                                                                                                                    30/06/2010

Tentei Fugir


Eu tentei fugir
Escapar daquilo que havia em nós.
Eu quis partir
E esquecer de tudo o que aconteceu.
Quis me enganar, pra esquecer,
Procurei em outro olhar
O que deseja de você.
Eu não quis olhar pra trás
A ferida ainda ardia 
É mais facil esquecer uma paixão
Do que chorar.
O quanto aprendi, ao te perder,
As palavras não valem nada,
Eu aprendi com você.
Pensei em me vingar
Em ver você sofrer
Mas preferi partir
Eu tentei fugir.
Pra me livrar...
Eu procurei abrigo
Novos olhos, um novo amigo
Mas eu quis morrer
Tudo o que eu tinha veio de nossas horas, 
veio de você.
Eu me enganei, eu preferi mentir
Se teu coração não me amava mais
Por que voltar então?
Eu quis você
Nas noites tão frias
Procurando sonhos onde não havia lembranças tuas.
Eu tentei o fim.
Ninguém sabe, ninguém viu
Mas eu preferi assim.
Eu me escondi, 
Mas eu vou me acostumar
Tua ausência és minha amiga.
Eu quis fugir, pra não te amar
Eu preferi mentir e me enganar
Tanto fez, tanto faz
Já não importa mais
Você preferiu partir.
Guardo um retrato teu,
E a saudade mais bonita.
Eu tentei fugir pra não te amar
Vou fugir dessa dor.
Adeus, adeus ,adeus meu grande amor.




Inspirado em "mil pedaços e 1º de Julho. - Legiao Urbana.                                        11/06/2010



Ainda me lembro de você.


Abri a janela e chovia muito
A areia da praia formava uma mancha
Eu olhei pra ondas vi dias do passado.
Naquele dia na praia eu senti sua presença
Como quando andávamos juntos
E você segurava minha mão.
Eu vi seus olhos na areia manchada
E o vento os levou embora
Mas eu sabia que você podia ir
Por que ainda sim me lembraria de você.

Não deu pra te esquecer
As noites frias falavam
As palavras escritas no chão
Nas cartas de amor 
Que líamos um para o outro 
Antes de dormi.

Lembrei de um dia atrás
De passeios na neve
E lábios quentes.
Eu me lembro de você.
Quando a noite trás sonhos
Intermináveis
Ainda me lembro de você.

Das manhãs que compartilhamos
Ainda guardo o brilho de todas
Queria voltar no tempo
Para ainda te ter ao meu lado
Todas as manhãs.
Eu disse que não iria embora
Não vou quebrar meu juramento.

Lembrei de um dia atrás
De passeios na neve
E lábios quentes.
Eu me lembro de você.
Quando a noite trás sonhos
Intermináveis
Ainda me lembro de você.

Nós passamos por dias difíceis
Mas essa foi nossa prova de fogo
Tínhamos que saber
Até onde iríamos por nós dois.
Será que nos amávamos realmente?


Abri a janela e chovia muito
A água tentou levar o que ainda havia
Mas eu segurei sua mão numa manhã clara
E as palavras que a noite assolava
Eram apenas lembranças fracas.

Lembrei de um dia atrás
De passeios na neve
E lábios quentes.
Eu me lembro de você.
Quando a noite trás sonhos
Intermináveis
Ainda me lembro de você.

Gostaria de voltar no tempo 
Para ainda te ter ao meu lado
Todas as manhas.
Eu me lembro de você.




INSPIRADO EM " I REMEMBER YOU" - SKID ROW.                                        10/05/10

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Epifania. "outra......"


Deveria eu parar de falar sozinha pelos cantos da casa!
Não deveria me importar com a opinião das paredes
Se minha roupas estão aceitáveis ou não.
Deveria me espelhar menos
E ignorar as sugestões de poesias
Feitas por amigos bêbados
que não sabem se são gaúchos
ou brasileiros.
Eu ando com um senso poético péssiiiimo!
Falta de leitura
Falta de estrutura
Falta de tudo numa porra de ideia boa.
Sou quase uma viking
De sentimentos primitivos
E caligrafia gutural.
Ai meu Deus!
Silvério, vai se danar!
Amanhã refaço tudo.
Apago as paredes
E reescrevo os sonhos que tive.
Descrevo o cavaleiro de bronze.
Será isto uma epifania?
Mais uma, só pra variar
E que é isto dentro de mim
Sempre brigando pra sair
Em linhas tortas
Sem direção.
Por que sou um anjo tão poderoso
Num casca tão normal?
Vontade louca de dizer tudo
Com medo de não dizer coisa alguma
E ser tachada de louca.
Eu posso ser um louco, um E.T ou um bitolado
Mas eu não sou ator, eu não to atoa
Procuro apenas um cigarro.
Ouvi uma tese brilhante de um doutor de Hogwarts
Teoria absurda e abstrata
Acusando-me de tentar negar minha juventude.
JAMAIS!
Quem sou eu se não a Andorinha indomável
A chama que não se apaga
O espirito de liberdade.
Ninguém sabe conviver com a liberdade.
E um navio é isto....
Sem família, sem dinheiro, sem mulher
Tudo são dias, ventos e ondas.
Não há horas no tempo 
Nem ninguém pra quem voltar.
Quem consegue viver sem amar?
Sem um amparo?
Sem um lar? (por pior que seja)
Somente os piratas mercenários
Cantam a canção de Liberdade.
Estrada eterna
Sem retorno, jamais.
E eu te vejo nas escadas do metro
Com os mesmos olhos
Com a mesma falta de audácia.
Tentando dividir a culpa entre nós.
O que importa isto para as paredes?
Nada de desculpas.
Pedirei um drink!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

De frente Eu Comigo



O que há, você ai do outro lado 
Que me olha com esses olhos entediados
Como se me questionasse pelo rumo das coisas.
Diga-me o que há com você
Sempre ai de cara amarrada
Como se não houvesse motivos para sorrir.
Por que sempre me persegue
Onde quer que eu vá,
Onde quer que eu olhe?
Por que tanta questão de sempre estar comigo?
Nunca se diz aliado ou inimigo
Sempre me encarando do outro lado do espelho
Como se encarasse um vilão, um amigo.