Todos vieram para a festa nuclear
Os fogos de artificio já queimam no ar
Derrubando casas e edificios
Todos trouxeram paus e pedras para comemorar.
A classe operaria está em paz
E na França á protestos estudantis
Tem fome e guerra no prato principal
E de lembrança palavras de vento.
Tocam os relógios da Catedral, bem a tempo
O muro está pichado com a palavra LIBERDADE
As bolas de gude estão no chão
Todos esperam derrubar a desigualdade.
Á libertarios nas ruas da cidade
Tintas, Pincéis e Estilingues
Cada um tem sua arma e ninguém quer se render
Ninguém quer incorporar o sistema incorporado.
Somos todos fugitivos do oeste
E a poderosa China está falida
O Livro Vermelho está manchado.
Queremos poetizar vida
Cada um defende sua ideologia
Mas quem é culpado está ocupado
Em uma grande orgia de crimes
Onde o lucro é o orgasmo.
Eles que amavam tanto a revolução
Nós que amamos tanto a revolução
Somos crianças com armas na mão
Sem saber como dar um tiro pro alto.
Somos todos vitimas do assalto
E Hiroshima foi queimada viva
Porque alguém por ai era muito egoista
E todos querem o poder nas mãos
A humanidade é especie em extinção
Quem pensa está no olho do furacão
E eles que amavam tanto a revolução...
Estamos numa festa catastrófica
E somos todos conformados
Falam todos de mudar o futuro
Mas repetimos os erros do passado.
Quero uma bandeira, um cartaz e uma pedra
Tenho alguns amigos pra levar comigo
Realizar sonhos é sinal de guerra
E estamos todos esperando
A bomba nuclear.
Ou então alguém não se conformar
E escrever no muro em branco:
Seja realista, peça o IMPOSSÍVEL !
Inspirado no livro "1968 - Eles só queriam mudar o mundo - R. Zappa & E. Soto. " Na música "Last of the american girls- Green Day", Em minhas aulas de sociologia e no pensamento de que palavras são belas mas são palavras, 1968 ficou marcado por atitudes e eu estou esperando pelas atitudes deste século.
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